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PERCURSO PARCIALMENTE SINALIZADO
O percurso
inicia-se em Covelinhas, subindo um
caminho de pedra em direcção à aldeia
abandonada do monte de Covelas, onde
desfrutará de uma visão panorâmica sobre
o vale do Cabrum. Outrora, a agricultura
e o pastoreio de vacas e cabras eram as
principais fontes de subsistência desta
povoação, hoje desertificada.
Continue a subir em direcção à povoação
da Granja, de arquitectura tradicional,
seguindo daqui por uma estrada
alcatroada que o levará a um trilho que
o conduz ao cruzeiro de Santa Eufémia,
da autoria de António Madureira, o bruxo
escultor. Atravessando o ribeiro do
Taquinho, siga em direcção à aldeia da
Panchorrinha, onde poderá percorrer as
ruas estreitas e seculares da povoação,
observando o seu património histórico e
paisagístico.
De seguida, desça até à ponte da
Panchorrinha, através de um caminho
ladeado por muros de granito baixos e
sinuosos, serpenteando campos agrícolas
e de pastorícia, onde o espera uma
paisagem de carvalhais
galaico-portugueses, com locais
privilegiados para merendar.
Abandonando a margem do rio Cabrum,
prossiga até à aldeia de Ovadas de Cima,
com os seus moinhos de rodízio, de onde
desfrutará de uma visão panorâmica sobre
a região. Desça em direcção a Ovadas de
Baixo, e visite a Igreja matriz de S.
Pelágio.
Antes de terminar o percurso, atravesse
o rio Cabrum na ponte centenária de
Covelinhas, ideal para a prática da
pesca desportiva.
Fauna e Flora
Ao longo do vale do rio Cabrum
observam-se interessantes locais de
carvalhais galaico-portugueses (Quercus
rober e Quercus pyrenaica), florestas de
Castanheiros (Castanea sativa) e alguns
sobreiros (Quercus suber). Nas zonas
ribeirinhas encontram-se Freixiais,
Amiais e Salgueirais, além da giesta nos
caminhos.
Nestes locais, facilmente se encontram
várias espécies de herpetofauna,
nomeadamente a salamandra-lusitânica (Chioglossa
lusitanica) e a lagartixa de montanha.
No rio, habitam a lontra, o lagarto de
água (Lacerta schreiberi), a truta, a
boga comum e o bordalo (Rutilius
alburnoides). A águia de asa redonda, os
corvos, os gaios, os melros e os piscos
de peito ruivo são as aves que por aqui
se avistam. A raposa e o javali são
mamíferos que procuram abrigo e comida
na floresta adjacente ao rio. Nos
pastos, observam-se exemplares bovinos
de raça Arouquesa.
Geografia
Neste troço, de altitude variável entre
os 600 e 900 metros, destacam-se as
encostas de declive acentuado,
caracterizadas geologicamente por
terrenos graníticos. Aqui reina a
paisagem de campos fechados, com os
abundantes socalcos e muros que
delimitam pequenas propriedades, onde se
pratica uma policultura de regadio.
A Serra de Montemuro, na qual se integra
o vale do rio Cabrum, marca a transição
entre as regiões litorais, temperadas e
húmidas, das regiões transmontanas,
quentes e secas.
No vale do Cabrum desaguam diversos
ribeiros de cursos sinuosos, dos quais
saem “levadas”, como a do “Rego do Boi”,
de origem medieval, em direcção ao
Mosteiro de Cárquere, irrigando as
terras e movendo os rodízios dos
moinhos.
Toda esta área, de habitat rural
concentrado, caracteriza-se pela
biodiversidade animal e vegetal, bem
como pelas riquezas geológicas,
culturais e patrimoniais a ela
associadas.
Aspectos de interesse
Ao longo do percurso, por caminhos
medievais de pedra e terra, conheça o
património histórico e paisagístico de
povoados seculares.
Nos aglomerados rurais da Granja,
Panchorrinha e Ovadas de Cima observe a
arquitectura tradicional de construção
em granito e cobertura em colmo.
Aproveite para ver as pontes da
Panchorrinha e Covelinhas, dos séculos
XVIII, locais privilegiados para a pesca
desportiva, e os cruzeiros da Granja,
Mariares, Panchorrinha e Ovadas de Cima,
da autoria de António Madureira, o bruxo
escultor. Os marcos da Universidade de
Coimbra, na Panchorrinha, e os moinhos
de rodízio, em Ovadas de Cima, são
locais de passagem obrigatória.
Aproveite, também, para visitar a Igreja
matriz de S. Pelágio (séc. XVIII), em
Ovadas de Baixo, e a restante paisagem
religiosa composta por capelas, alminhas
e cruzeiros.
No regresso, não se esqueça de saborear,
como entrada, o basolaque, seguido do
anho assado no forno, o caldo de
castanha e, para sobremesa, as típicas
cavacas ou as falachas de castanha.
Fonte: cm-resende.pt
Coordenadas GPS:
N41 03.243 W7 58.895
(Inicio do Percurso)
Contactos Úteis:
Museu Municipal de Resende: 25 4 877
200
GNR de Resende: 254877304
Bombeiros Voluntários de Resende:
254877122
Centro de Saúde de Resende:
254877101 |
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